Depois de muito bem recebidas, e de descobrir que nosso instrutor, João Guilherme, é também violoncelista de um grupo de música barroca (ele tentou nos explicar a relação que existe entre a música barroca e a dança indiana...Hein? talvez entendamos em algum momento...), vamos ao aquecimento. Como é que se põe essa cordinha? O aquecimento foi uma prévia do que nos esperava; as dançarinas da casa, com um baita alongamento – a nossa “perninha borboleta” não era nem metade da borboleta delas. Exceto a da Marília...ai, ai, mas tudo bem, é nossa primeira vez - Depois da saudação ao sol e a terra, subimos escada acima para nossa primeira aula da dança Odissi*.
Alguém achou que fosse fácil? O instrutor bem tentou nos convencer da mecanicidade da dança; de fato ela é, mas complexa ao extremo! Cheia dos milhares de detalhes! Haja equilíbrio e haja pernas. O bom é que as pernas ficam bem definidinhas, o ruim é que isso só vai acontecer depois de muitas dores musculares. Então, é só conectar o movimento das pernas (existe a posição masculina e a feminina), com a cabeça, o olhar, as mãos, e está pronto! Doce ilusão, a coisa é muito complicada. Dança totalmente simbólica, cada posição dos dedos nas mãos significa uma coisa. No final das contas, apesar da nossa inexperiência, saímos com "algo" no nosso corpo e no nosso espírito! Além dos movimentos, ficou uma sensação marcante que pode nos dar uma ideia de como as nossas personagens assumirão esse caráter. O que vivenciamos foi mais do que uma dança, percebemos que ali há mais um estilo de vida, praticamente uma religião.
O nosso desafio agora é levar isso à cena, com o respeito devido a essa arte dos deuses. Que Shiva nos ajude! Namaste!
Na foto, Andrea Prior, dançarina e mestra de danças clássicas indianas, responsável pelo Espaço Rasa, um local que vale a pena conhecer!
Na foto, Andrea Prior, dançarina e mestra de danças clássicas indianas, responsável pelo Espaço Rasa, um local que vale a pena conhecer!
*O ODISSI é uma das danças clássicas da Índia, originária da tradição templária do Estado de Orissa, surgida há mais de 2000 anos. As posturas corporais derivam de duas posições básicas: chowk e tribangh, de características peculiares e bastante esculturais. A dança possui qualidades de sutileza de movimentos e graciosidade nas formas, tanto na dança pura (nritta), quanto na chamada dança representacional (abhinaya ou nrytia), onde são comuns as estórias sobre o amor de Radha e Krishna, extraídas do Gita Govinda do poeta Jayadeva ( www.espacorasa.art.br).
e vocês conseguiram, meninas! Conseguiram superar todas as expectativas de nossa concepção e, ao mergulharem seriamente na dança indiana, trouxeram à tona uma encenação completa, rica e cheia de significações. O que vocês fizeram foi emocionante! Uma honra ter vivenciado isso tudo com vocês! Namastê sempre!
ResponderExcluirGod Love the Sweet Taste of India, e eu também!
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