14 de novembro de 2010

As fadas que brincam

Um dos desafios de nossa versão para Iolanthe foi encontrar um traço próprio e original da personalidade das fadas que saísse do tradicional “fadas de Walt Disney”. Daí chegamos à conclusão de que, em primeiro lugar, deveríamos buscar um visual para elas que fugisse do estereótipo e as tornasse mas “selvagens”, que as caracterizasse como fadas vindas da terra, da natureza. Em seguida, após algumas pesquisas sobre o significado psicológico do arquétipo da fada, vimos que as fadas são eternas crianças, nunca crescem. Como uma menina que nunca deixa de ser uma menina.
Foi fácil, então, concluir que as fadas sempre brincam, e que Gilbert colocou essa premissa em destaque, pois Iolanthe trata justamente do tempo, do envelhecer e do que isso provoca em nós. Ao unir-se a um mortal Iolanthe deixou de ser criança, cresceu, teve um filho, tornou-se uma mulher mortal, com todas as inseguranças, medos e frustrações que qualquer ser humano vivencia.
Enquanto isso nós vemos os Lordes lutando contra o tempo e sentindo o que é envelhecer, por essa razão, nesta versão decidimos colocá-los mais velhos ainda. Mostrar os extremos da eterna juventude e da crueldade do tempo. Strephon, meio fada meio humano, enfrenta essa dualidade no seu corpo. Todo essa visão é fundamental para o desfecho da história - todos viram crianças. O conto de fadas tem um final feliz... 

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